Friedrich Nietzsche nasceu numa família luterana em 1844, destinado a ser pastor como seu pai, que morre jovem em 1849 aos 36 anos, junto com seu avô (também pastor luterano). Entretanto, Nietzsche perde a fé durante sua adolescência, e os seus estudos de filologia afastam-no da tentação teológica, dizia Nietzsche: “Outro sinal distintivo dos teólogos é a sua incapacidade filológica. Entendo aqui por filologia “(…) a arte de bem ler – de saber distinguir os factos, sem estar a falseá-los por interpretações, sem perder, no desejo de compreender, a precaução, a paciência e a finesse.

” Seus escritos revelam um grande poder de raciocínio, como: A Gaia Ciência, de cuja expressão “é uma alusão ao nascimento da poesia européia moderna que ocorreu na Provença durante o século XII “. No terceiro capítulo deste livro e lançado o famoso diagnóstico nietzschiano: “Deus está morto. Deus continua morto. E fomos nós que o matamos”, proferido pelo Homem Louco em meio aos mercadores ímpios. Assim Falou Zaratustra, um livro para todos e para ninguém. Além do Bem e do Mal, prelúdio a uma filosofia do futuro. O Anticristo, que de fato é uma critica ao cristianismo,e considerado um de seus escritos mais ácidos, ele diz em seu prólogo: “Este livro pertence aos homens mais raros. Talvez nenhum deles sequer esteja vivo. É possível que se encontrem entre aqueles que compreendem o meu “Zaratustra”: como eu poderia misturar−me àqueles aos quais se presta ouvidos atualmente? – Somente os dias vindouros me pertencem. Alguns homens nascem póstumos.”. Ecce Homo, como se tornar aquilo que é. .

Minha iração pelo filosofo Nietzsche e seus escritos e muito grande, e até confesso, caso não fosse Cristão, provavelmente, seria um discípulo de carteirinha do filosofo alemão. Contudo, Nietzsche ( no meu conceito ), não ou de um grande pensador, que não conseguiu compreender a grandeza da revelação de Deus, seja ela, por meio da natureza, da Bíblia ou de Jesus Cristo. A declaração de Nietzsche ” Deus está morto ” não revela sua sabedoria , mas sua ignorância e incapacidade de ver além dos olhos e da inteligência natural. Ele afirma “Para mim o ateísmo não é nem uma conseqüência, nem mesmo um fato novo: existe comigo por instinto” (Ecce Homo, pt.II, af.1). O pensamento de Nietzsche é absolutamente contrário a reveleção de Deus e a experiência humana. Não e preciso ser filosofo ou cristão, para concluir, que o pensamento de João Calvino, quando diz, que o homem possui o “ sensus religionis “ e ” sensus divinitatis ” é mais que verdadeiro, bíblico, razoável e sábio que o pensamento de Nietzsche. Vejamos um pouco do pensamento do reformador francês João Calvino: “A idéia da Divindade é praticamente uma crença de toda raça humana no seu estado natural. Todos os seres humanos que vêm ao mundo nascem com a idéia de um ser superior, mesmo que não saibam formular corretamente conceitos sobre ele. Calvino usa duas expressões elucidativas a respeito da idéia de Deus que até os pagãos possuem. Ele atribui essas idéias inatas a duas coisas naturais no homem, coisas que a queda não destruiu porque Deus as plantou de forma indelével no coração humano: Semem religionis – A semente da religião foi plantada no coração do homem quando Deus o criou. Sensus divinitatis – A semente da religião existe porque o ser humano nasce com o senso de que existe um Ser divino por detrás de tudo que ele vê e sente.
É só estudar a história das grandes civilizações do ado e perceberemos que independentemente de qualquer instrução religiosa o homem foi manifestando esse senso do divino, do religioso, dando provas históricas de que o homem é ” um ser religioso e não ateu por natureza”.

O testemunho das Escrituras Sagradas é de que, o néscio é que diz, ” não há Deus ‘ Salmo 14. Nietzsche muitas vezes é incompreensível em seus escritos, conceitos, e até mesmo o foi em sua vida. Entre as loucuras de Nietzsche, e a verdade das Escrituras Sagradas, fico com as Escrituras que é a revelação de Deus para nós. Escrito por homens, e verdade, 40 ao todo, porém sua origem é divina, pois o “theopneustos “ (Theópneustos – é a união de duas palavras gregas: theós ( Deus ) e Pneuma ( sopro, espírito ) inspirou os autores bíblicos.

Tudo que o filosofo Nietzsche escreveu ou falou, já estava predito nas Escrituras, que só os loucos diriam coisas semelhantes às do filosofo, e o próprio reconhecia isso, pois, e dele a seguinte frase “Se minhas loucuras tivessem explicações, não seriam loucuras.”

Não conheci Nietzsche pessoalmente, não apertei sua mão, e nunca lhe dei um bom dia. Quando ele morreu em Weimar, 25 de Agosto de 1900, nem era nascido, embora existisse nos planos do eterno e cujo meus dias já eram contados e escritos em seu livro. No entanto, li seus escritos e me considero amigo do filosofo no que diz respeito à paixão pela busca do saber e da verdade, e até compartilho com ele a desconfiança nos idealistas “O idealista é incorrigível: se é expulso do seu céu, faz um ideal do seu inferno”. Eu e Nietzsche geralmente estaremos em pólos diferentes.

Depois de você ter lido estas linhas, provavelmente, você chegará à conclusão de que, “Eu não sou tão amigo assim de Nietzsche”.

 

Taciano Cassimiro, teólogo e pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil em Tailândia.

Blog do autor: http://tcassimiro.blogspot.com.br/

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