A Polícia Civil apresentou, nesta quarta-feira, 28, informações sobre a prisão de Felix da Silva Tavares, 19 anos, acusado da autoria do assassinato de Maria Trindade Silva Costa, 69, crime ocorrido na localidade de Santana de Baixo, no município de Moju.
Foi instaurado inquérito pelo delegado José Alexandre de Lima. O acusado foi preso, por volta de 18 horas, de terça-feira (27), na casa do pai, que mora a cerca de 200 metros do local do crime. O preso confessou o assassinato e que agiu sozinho, mas alegou que matou a vítima porque “ouviu vozes que o mandaram matar”.
A vítima era representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município e fazia trabalhos assistenciais na comunidade. Segundo o delegado, ela não tinha qualquer ligação com o movimento quilombola. A vítima foi morta após levar uma pancada de madeira na cabeça. Em seguida, teve o corpo enterrado em um matagal pelo acusado. O crime ocorreu por volta de 18 horas da sexta-feira ada. O corpo foi encontrado por populares por volta de 20 horas de sábado.
Morador no município de Acará, Felix Tavares contou que estava morando na casa do pai, há oito dias, para tentar arrumar um trabalho em Moju. Ele confessou o crime a esposa e para a mãe dele por telefone e depois ao pai, que mora em Moju.
O rapaz confirmou ter atacado a vítima quando ela caminhava sozinha por um caminho em direção da casa em que morava, após se despedir do filho. Ele disse que ouviu a voz dizer que era para matar alguém. Logo em seguida, ele pegou o pedaço de madeira e atingiu a vítima na cabeça. Em seguida, arrastou o corpo até o matagal, onde a enterrou. Ele negou ter cometido violência sexual contra a vítima.
Segundo o delegado, as condições em que o corpo foi encontrado não são compatíveis com estupro. “Não há nada que comprove o crime sexual. Foi solicitada perícia para averiguar isso, mas não há qualquer evidência de crime sexual”, detalha o delegado.
O pedaço de madeira foi encontrado e encaminhado para perícia para ar por exame de comparação com as digitais do acusado. Após a confissão, o delegado José Alexandre requereu ao juiz de Moju a prisão preventiva, que foi de imediato decretada. Com a prisão, a Polícia Civil tem prazo de até 10 dias para concluir o inquérito e remeter à Justiça.