O Pará foi um dos 12 Estados alvos de uma operação nacional contra crimes cibernéticos graves praticados contra crianças e adolescentes. A ação, realizada pela Polícia Civil do PA nesta terça-feira (27), deu apoio à PC de Mato Grosso. Foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão, prisão temporária e internação socioeducativa. Em solo paraense, as diligências ocorreram nas cidades de Marabá, Barcarena, Canaã dos Carajás e Ananindeua.
Segundo a Polícia Civil, uma rede de pessoas foi identificada, com a participação de adolescentes que estariam praticando crimes como: indução, instigação à automutilação e ao suicídio, perseguição, ameaças, produção, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil, apologia ao nazismo e invasão de sistemas informatizados, incluindo o não autorizado a bancos de dados públicos.
Os crimes aconteciam em plataformas digitais, como WhatsApp, Telegram e Discord. Por esses meios, os suspeitos divulgavam conteúdos de violência extrema, estimulavam comportamentos autodestrutivos, realizavam coação psicológica, ameaças e exposição pública de vítimas – em sua maioria, menores de idade.
Operação
A ação da PCMT ocorreu simultaneamente nos 12 estados e foi coordenada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A diligência contou com a participação das Polícias Civis do Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo. Além do Pará, confira as outras cidades onde os mandados foram cumpridos:
Manaus e Uruçará (AM)
Mairi (BA)
Fortaleza e Itaitinga (CE)
Serra (ES)
Sete Lagoas e Caeté (MG)
Sinop e Rondonópolis (MT)
📲 Participe do Canal do Portal Tailândia no WhatsApp
📲 Acompanhe o Portal Tailândia no Facebook, no Instagram e no X.
Aquidauana (MS)
Oeiras (PI)
Lajeado (RS)
São Domingos (SE)
São Paulo, Guarulhos, Porto Feliz, Itu, Santa Isabel e Altair (SP)
Apreensão
No estado de Mato Grosso, foram cumpridas três ordens judiciais: um mandado de busca e apreensão domiciliar contra uma adolescente de 16 anos, em Sinop. Além disso, foram deflagrados dois mandados de busca, apreensão e internação provisória contra um adolescente de 15 anos, em Rondonópolis, apontado como o suposto líder do grupo.
O adolescente, apontado como suposto líder, já havia sido alvo da primeira fase da operação, realizada em agosto de 2024. Além disso, o mesmo foi investigado em outra ação policial, em abril deste ano, que visava combater o uso de plataformas digitais para incentivar a automutilação.
Os investigados podem responder pelos seguintes crimes:
Indução, instigação ou auxílio à automutilação e ao suicídio (Art. 122 do Código Penal) — pena de 2 a 6 anos, podendo ser dobrada se a vítima for criança ou adolescente.
Perseguição (stalking) (Art. 147-A do Código Penal) — pena de 6 meses a 2 anos, aumentada se contra criança ou adolescente.
Ameaça (Art. 147 do Código Penal) — pena de 1 a 6 meses ou multa.
Ameaça (Art. 147 do Código Penal) — pena de 1 a 6 meses ou multa.
Apologia ao nazismo (Art. 20, §1º, da Lei 7.716/89) — pena de 2 a 5 anos.
Por: O Liberal